domingo, 14 de outubro de 2007

Nature's Revenge

Minhas tartarugas são lésbicas. Ou, pelo menos, uma delas é; não sei dizer qual, acho ambas iguais... Na verdade, nunca reparei, nem são minhas de verdade, são dos meus primos...

Mas a posse das tartarugas não é importante. O que importa é que, volta e meia, uma delas resolve "montar" em cima da outra (O Michelangelo - a Tartaruga Ninja... - provavelmente adoraria a cena). A tartaruga de baixo deve ficar amarradona... Porém, o tempo vai passando... E ela lá, esperando... Esperando... E nada acontece. Então, ela, emputecida, resolve sair de baixo... Derrubando a pobre tartaruga que está por cima... E esta, idiota, ao contrário dos felinos, SEMPRE cai de barriga para cima (algum dia passo manteiga na barriga delas, para ver se passam a cair direito...)!

O tempo vai passando, e o pobre réptil fica lá, tentando se virar... E se caga todo, no esforço. São fezes para todo lado... Ao Sol. E isso, na varanda em frente ao meu quarto, lógico...

Ah, que fragrância matinal... O doce aroma de fezes de tartaruga pela manhã... Não há melhor maneira de acordar.

Bicho nojento. Acho que vou por fraldas nelas... Ou cintos de castidade, sei lá... A droga do cheiro é horrível! E é claro que sou eu que tem que ir lá desvirar a criatura... Pelo menos, limpar o local não é minha responsabilidade...

Mas meu tormento animal não acaba aí... Há também os mosquitos. Ao longo dos anos, a seleção natural promovida por mim aqui em casa os tornou virtualmente imortais. Pode-se espremê-los entre suas mãos, ou contra as paredes, não importa, eles sempre saem voando ao se remover o que quer que os esteja tentando (inutilmente) esmagar...

O ventilador também é inútil; eles surfam nas correntes de ar com maestria... Devem achar refrescante.

Os remédios para mosquito também não são eficazes: a quantidade necessária para deixá-los zonzos a ponto de ser possível acertá-los e matá-los na base da violência total e irrestrita é tamanha, que acho que algum dia quem vai cair no chão, morto, envenenado, serei eu...

Me cobrir com lençol também é inútil...

Mas acho que esse deve ser o preço de se poder acordar ouvindo o som dos pássaros cantando, nas árvores... Se bem que eu aceitava ouvir uma versão gravada em MP3, para me livrar dos mosquitos...

Só o que ainda não dá para substituir é o cheiro da chuva; cheiro de terra molhada... Aqui, é muito bom quando venta e chove... Ouvir o som da água batendo no telhado; o farfalhar das folhas ao vento...

Claro que, se eu tivesse dinheiro, muito, de verdade, daria para fazer o que eu quisesse... Afinal, se é possível fazer nevar no deserto (para se esquiar, ainda por cima!), qual seria a dificuldade em se fazer chover sem mosquitos?

Preciso mesmo escavar uns poços de petróleo...

3 comentários:

Jiroumaru disse...

Mosquitos SURFISTAS de correntes de ar. Sinistro. Deixa uns baseados longe to deu quarto que eles param de perturbar.

Lila Yuki disse...

Gostei da idéia do baseado, mas o pessoal lá no curso vive nas batatinhas e os mosquitos continuam fazendo a festa em mim...

ghfdc disse...

Po, baseado? "Erva", aqui, só chicória...
Mas eu não divido com ninguém!