terça-feira, 30 de outubro de 2007

Aula de Literatura pra que?

Uma das coisas que eu mais gosto de fazer é ler. Eu me lembro que nas escola éramos obrigados
a ler livros chatos para nos incentivar o hábito da leitura. Sabe isso é muito engraçado porque esse tempo todo todos esses livros chatos só me fizeram não gostar de ler por muito tempo. De vez em quando um livro interessante era proposto. Muito de vez em quando. E quanto mais progredíamos na escola mais enfadonhos os livros iam ficando e por acaso a maioria era de autores nacionais. Podem me chamar de preconceituoso (como se alguém lesse isso aqui). Mas o fato é que eu queria ler bons livros e os professores insistiam com os CLÁSSICOS. Me lembro que o meu primeiro livro de Machado de Assis (Helena, um livro da fase romântica do autor) foi uma leitura horrível. Ainda considero aquilo um disperdício de papel. Pra quê alguém perdeu tempo escrevendo aquilo? Como alguém em sã consciência acha que um moleque de 12 ou 13 anos vai conseguir absorver um livro desses? Um moleque dessa idade não vai ter paciência pra escutar uma música de mais de 4 minutos quanto mais um livro escroto de 300 páginas.
E aí vieram as aulas de literatura. Aquilo na minha opinião era a MAIOR ABERRAÇÃO DE TODOS OS TEMPOS. Primeiro que eles se propunham a tentar te explicar a cabeça dos autores. Eles rotulam os autores como se fossem parte de um movimento específico e juntam tudo num grande saco de gatos dizendo que aquele grupo de autores pensavam de uma certa maneira. Se eu fosse um desses autores eu mandaria todos esses professores à merda.
Mas a porcaria não para por aí. Eles te obrigam a ler um desses livros e ainda dão uma prova aonde você tem que concordar com o que o PROFESSOR PENSA. Porra, já era meio idiota você dizer que um cara que morreu faz uns 200 anos pensava de um jeito e ainda os desgraçados pediam pra você escrever na prova o que ele queria.
Aí depois disso tudo vem a CENSURA. Porque você não pode propor outros livros. E você não pode ser honesto quando aos livros que você leu. Eu lembro que numa dessas aulas a professora estava muito chateada com a turma. A turma inteira não havia terminado de ler o livro. O GUARANI. Caralho, que livro chato da porra. Ela estava puta da vida e com razão. Ninguém havia lido e aquela era a última aula antes da prova. Era pra ser uma aula para tirar dúvidas. Só um aluno tinha lido 3/4 do livro. Eu havia lido metade. Aí eu fiz a burrice de ser honesto. "Professora a senhora me perdoe mas esse livro é muito chato." Tá certo, realmente eu não falei a coisa da melhor maneira possível. Eu podia ter dito: "Professora, eu sei que a minha opinião não deveria interferir com o meu dever, mas o livro é deveras enfadonho." O fato é que a professora ficou bolada. Arrisco dizer que ficou MAGOADA. A turma caiu em cima de mim indignada. Um bando de hipócritas, porque se tivessem gostado do livro teriam lido. Todos tinham a mesma opinião que eu. Mas falar a verdade sempre é um negócio incoveniente.Caros trovadores, naquela hora eu não percebi mas eu queria ter dado uma mensagem pra professora. Uma mensagem do tipo: "Se você quer que seus alunos se interessem por livros, dê um livro interessante PORRA."
Existe muita coisa interessante na literatura. E a Academia Brasileira de Letras que me perdoe, a maioria dela aconteceu ou acontece FORA DO BRASIL. Nem vou entrar no mérito de autores que eu gosto atualmente. Eu falo de coisas clássicas. Eu me lembro como a professora de literatura falava com louvor sobre a cena da em que a cachorra Baleia morria (Vidas Secas). Era uma pintura literária. Pois eu digo que aquilo era lixo perto da morte de Ofélia em Hamlet. Na opinião da professora tínhamos que ler os 3054838220 livros sobre a fome no nordeste. Os 5949320020304 livros de Jorge Amado em que todos eles tem uma cena de sacanagem. E sempre a porra do Machado de Assis. E nem me fale do viado do José de Alencar (eu tive que ler dois livros dele e foi o suficiente pra eu saber que aquilo não vale nem como papel higiênico).
Nunca nos ofereceram um livro de Edgar Alan Poe. Nada de Shakespeare. Nada de Hemingway. Pra que nos falar de pensadores como Nietzsche? Fora todos os outros milhares de autores estrangeiros que eu nem sei o nome e eu sei que são excelentes. É pedir demais? Eu não estoupedindo Paulo Coelho, ou J.K. Rowling ou Tolkien. Só estou pedindo os clássicos. Clássicos, realmente clássicos. Livros que os autores brasileiros leram (tá bom, Machado de Assis não leu Hemingway mas podia ter lido se estivesse vivo). Pros professores só existe o Camões como pai da literatura brasileira. Pra mim esse cara escreveu um livro muito grande, o que só prova que ele teve muita paciência (e provavelmente enrolou muito). Pois eu digo que Machado de Assis provavelmente deve ter lido Shakespeare algum dia. Olha eu podia até na época de colégio ter achado Hamlet ou Othelo um saco mas certamente eu diria depois que não tem como negar a importância dessas obras. Caralho, meio mundo leu ou foi influênciado por ele.
O fato é que para os estudiosos de literatura no Brasil existem certos dogmas. Existe um complexo de inferioridade enorme então surge uma necessidade muito grande de se valorizar a cultura nacional. Então nos programas de vestibular os livros citados são quase 100% brasileiros ou portugueses. E isso gera uma reação em cadeia nas escolas. Isso só revela uma verdade. Nunca houve um autor brasileiro relevante no cenário mundial. O autor brasileiro mais bem sucedido no mundo é o picareta do Paulo Coelho. Machado de Assis, fundador da ABL é um mero desconhecido, sendo familar somente aos acadêmicos. Então existe um esforço para fazer com que os brasileiros leiam o Brasil e até hoje o Brasil é um país que lê muito pouco e menos ainda os autores brasileiros.
Daqui a alguns dias, basta passar numa livraria pra ver que todos vão fazer fila pra comprar um livro. Um livro britânico. E os fãs do Haroldo Oleiro que me perdoem, está longe de ser um livro realmente bom.

PS: Pra quem ficou chateado com os meus comentários sobre Haroldo Oleiro vejam esse link e testemunhem a picaretagem da autora.

sábado, 27 de outubro de 2007

Momento piada Nerd


Piada CLÁSSICA:

"O Super Homem está muito tempo sem transar e começa a voar atrás de alguma mulher.
Do nada ele vê a Mulher Maravilha pelada e de pernas abertas.
-Nossa! Se eu usar a minha super velocidade eu consigo comer a Mulher Maravilha!
O Super Homem vai e volta dizendo:
-SIM!! Consegui!!!!
A Mulher Maravilha assustada pergunta:
-NOSSA! O que foi isso???
O HOMEM INVISÍVEL responde:
-Eu não sei não. Mas doeu pacas."


PS: A ilustração é de Adam Hugues. Visitem o site dele: http://www.justsayah.com/

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

"Uga!" ou "Do que as mulheres gostam?"

Se fosse eu a escrever, choveriam críticas e reclamações (como se alguém lesse isso aqui)...

Portanto, vou só copiar alguns textos e afins do e sobre Nelson Rodrigues (na verdade, só dois)...

Assim sendo, ninguém critica; todo mundo aplaude e concorda.

Acho que o texto abaixo é de alguma biografia sobre ele...

"Um dia, na rua Agostinho Menezes, onde então Nelson morava, um marido banana que era chutado como um cão pela esposa e ainda a bajulava, cansou-se do tratamento que vinha recebendo e, no meio da rua, deu uma sova de cinto na cara-metade. É claro que a vizinhança correu para ver o fato, sendo que as mulheres gritavam: "Bate mais, bate mais". O marido bateu até se cansar, parou, e então o inesperado aconteceu: a mulher atirou-se aos seus pés, aos beijos. E, desde aquele dia, passou a desfilar com o ex-banana, de braço dado e nariz empinado, toda orgulhosa. Ao ouvir os comentários das vizinhas que tinham apoiado maciçamente a surra, Nelson concluiu: "Toda mulher gosta de apanhar"."

O texto abaixo, foi o próprio que disse (ou escreveu, sei lá)...


"A mulher tem diluído em seu sangue milênios de submissão, e quando o homem não a domina, ela passa a desprezá-lo.
Não entro na minúcia de dizer em que lugar a mulher deve apanhar, mas sei que ela sente a nostalgia do homem das cavernas. Ai do homem que, no momento certo, não reage como um Brucutu.
Acho que o fato de eu nunca ter batido em mulher e tratá-las bem explica meus sucessivos fracassos amorosos.
Para bater na mulher não é preciso ser casado, o homem pode ser namorado, noivo ou amante. O jogo amoroso exige na hora certa a violência masculina."

Tal sabedoria também poderia ser buscada em certas obras de Robert E. Howard: em se tratando de lidar com o sexo frágil, nada mais sábio do que se perguntar "o que Conan, o bárbaro, faria se estivesse em meu lugar?", e então agir de acordo com a lógica do Cimério!

E viva a Era Hiboriana!

Por Crom!

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Nerd Love

Esse é um daqueles testes idiotas de internet do tipo "quem é você na série do Lost", só que um pouco mais criativo.
Responda a um monte de perguntas e veja qual a Heroína (para os garotos) ou Herói (para as garotas) você deveria namorar.

Esse aqui foi o meu resultado:


Eu nem sei quem é a tal da Black Canary e essa Aurora. A Psylocke eu lembro que o Jim Lee dava um jeito de desenhar ela sendo 2/3 de pernas e bunda.
Convido aos nossos 3 ou 4 leitores a fazerem o teste também.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Sinta o sangue fluir para os seus músculos e ouça os ossos quebrando.

Talvez o nome deste post seja dramático demais mas reflete algo que eu pensei quando eu tinha 12 anos. Essa pode ser uma época muito boa para qualquer garoto mas para mim foi uma época não muito boa. Eu não posso reclamar da minha vida em nenhum ponto (casa, comida, roupa lavada) mas entre meus 11 e 14 anos eu lembro que pelo menos um quarto do meu dia era ruim. Porra, num dia em que um terço passo dormindo e 1 quarto é uma merda, sobra pouco tempo de coisa boa.
Como alguns podem já ter adivinhado esse um quarto do dia era na escola.
Mas o caro leitor pode perguntar:
"Oh trovador, que horrores tu sofreste na época de colégio?"
Bem, olhando hoje não foi exatamente um horror mas certamente feriu o meu ego na época. Uma escola pode ser um ambiente muito cruel. Você fica reunido com umas 30 outras pessoas e a maioria delas não gosta de você e se você tiver sorte fingem que gostam de você. Se você achar algumas que gostem você tem sorte (felizmente posso dizer que tive sorte, mas bem mais tarde). Nessa época eu fui bem azarado. Bem o desastre era que eu era ZOADO. Porra, isso é mais do que o normal, mas eu como sempre era um rapaz muito ingênuo. Eu pensava, porque??? O que eu fiz pra esse idiota ficar mexendo comigo? É tão difícil me deixar quieto no lugar?
Eu certamente era muito fechado (tenho dificuldades com isso até hoje) mas naquela época esse tipo de coisa me fez ser mais fechado do que o normal. Por anos eu não me expressaria, portanto não escrevi nada, nem aprendi a tocar nenhum instrumento muito menos desenhei (um pouco na carteira do colégio) ou aprendi alguma arte marcial. Eu acumulei muita coisa. E a maioria era raiva. Quando eu era muito mais moleque, com uns 6 anos os meus colegas me batiam (nunca muito) e eu nunca reagia. Sempre me pareceu MUITO estúpido reagir, porque isso não faria bem pra ninguém. Eu nunca realmente me machuquei então creio que por isso não tentei bater de volta em ninguém. Mas logo esse tipo de atitute não surtiria efeito algum. Mas sabe, agressão física realmente pode machucar mas não existe nada pior do que uma alma agredida. Com os meus 11 anos eu tive um período letivo um pouco infeliz. Eu passei nas matérias da quinta série com os pés nas costas mas todo os dias eram ruins porque tinha alguém para descontar suas frustrações em mim. Fora as pessoas que achavam que eu era um CDF só porque eu sabia SOMAR e SUBTRAIR enquanto a maioria das pessoas nem sabia soletrar seu próprio nome.
E pra melhorar eu estudava num colégio de burquesinhos de merda aonde se você não tivesse as melhores coisas algumas vezes você era tratado como merda. Resumindo: eu era o nerd (sim sou até hoje) que era um bom alvo de zoações.
Isso me frustava muito porque na minha pobre cabecinha eu acreditava muito numa lei de ação e reação. Ou seja se eu ficasse na minha eu ia passar o dia tranquilo numa boa. Mas isso não aconteceu. Por muito tempo ir na aula era uma grande merda. Mas como eu falei, eu sempre fui fechado. Então caros eu sempre era uma bomba relógio ambulante. Eu tinha válvulas de escape, como destroçar meus dedos no video game, mas nenhuma dessas válvulas realmente liberava uma coisa que eu sei que é ruim pra alma: raiva. Como eu disse eu não contava pra ninguém, nem escrevia (porque eu sabia que a minha mãe fuçava minha coisas) nem nada.
Isso leva ao nome do tópico. Muitas vezes me vi pensando no que fazer para esse tipo de suplício passar. Eu me imaginei afundando a ponta do compasso nas costas das pessoas, levar estiletes e todo o tipo de coisa idiota (MAS TODAS PERFEITAMENTE VIÁVEIS) que poderia machucar e idiota como eu era até MATAR.
"Trovador, então tu tinhas extintos ASSASSINOS?"
Bem, posso dizer que não. Porque bem ou mal eu NUNCA fiz uma merda dessas.
Creio que a minha experiência mais traumática tenha sido na sexta série. Eu era zoado como sempre, mas nada que me matasse. Mas um dia a zoação veio de uma maneira que me fez ser uma pessoa muito pior. Uma menina. Caralho, a dita cuja era uma vagabunda (e ainda era prima do cara que mais me irritava na quinta série, o que prova que a idiotice é passada pelos genes) que inventou de caçoar com uma coisa que nem eu conhecia direito. Meus sentimentos. Pode parecer uma papo boiola (é meio idiota mesmo, fazer o que) mas ela ficava claramente me zoando falando que me amava e que queria ser minha namorada. Bem, primeiro, a minha auto estima já era meio baixa então mesmo que ela estivesse falando a verdade eu DUVIDARIA (muito anos depois eu descobri que tinha uma menina na quarta série primária que gostava de mim mas eu simplesmente duvidava da idéia de que alguém poderia gostar de mim), e ainda ela falava de uma maneira que claramente era uma mentira. Mas ela e as amigas gostavam de ver a minha reação desconcertada. Aquilo me frustava de uma maneira horrível. Pela primeira vez fiquei com notas abaixo da média (o que fez a minha mãe me dar um esporro homérico por causa de meio ponto e prontamente mandei ela se catar). Tudo aquilo me fez sentir muito mal. E nessa época eu creio que eu tive o meu primeiro pensamento MUITO mórbido. Mais de uma vez eu me imaginei enforcando a dita cuja. Mas não era um enforcamento comum. Era um enforcamento bem feito. Eu imaginava sentir o pulso cardíaco dela nas minhas mãos, os meus polegares afundando na traquéia, e finalmente os olhos dela revirando. Talvez alguns clamores de piedade mas em geral, o processo era LENTO e SOFRIDO. Quando eu pensava nisso meus músculos dos braços ficavam retesados até o ponto de doerem e frequentemente eu mordia meus próprios lábios até sair sangue (o gosto do ferro do sangue me acalmava. Sim é bizarro.). Mas logo depois eu me sentia muito mal. Quando eu sinto raiva eu sinto um mal estar no abdômen, e é como se eu estivesse me corroendo. A respiração fica pesada e eu me sinto como se tivesse corrido uns 10 kilômetros sem parar e eu estivesse prestes a cuspir o meu pulmão. É uma das coisas que EU MAIS ODEIO SENTIR. Então caros isso gerava um péssimo círculo vicioso. Eu ficava com raiva da piranha, eu imaginava um assassinato básico, ficava mais puto por ter ficado com raiva, etc... O fato é que eu era uma pilha de nervos e eu fingia muito bem que eu era um cara CENTRADO. Mas a verdade é que eu tava mais pra aluno do Jack Estripador.
"Oh caro amigo, você não estava exagerando um pouco?"
Olhando hoje eu talvez estivesse, mas pensa um pouco. Você acorda de manhã e você JÁ SABE que o seu dia vai ser uma merda. Você é PUNIDO por ter inteligência (lógico, na cabeça dos moleques eu precisava passar 100 anos estudando pra tirar um 10 na prova) e ainda tem que aguentar alguém te pisando por causa disso. Mas com aquela garota isso tinha passado desses limites. Porra ela resolveu detonar com a minha auto estima. E de certa forma ela conseguiu. Eu nunca falaria direito com uma garota até os meus 16, 17 anos, sorte a minha eu nunca ter me apaixonado ou algo assim nessa época, do contrário eu provavelmente vomitaria perto da garota. Na época o meu sonho era matar alguém e pintar em sangue na parede pra ninguém repetir esse tipo de coisa comigo.

O que mais me choca é como os professores ignoram esse tipo de coisa. Na minha escola nós tinhamos coordenadores e professores de orientação educacional. Porra, eu queria um emprego desses, porque até hoje eu não entendo o que eles fazem. Será que é tão difícil entender o que aquele garoto está dizendo quando ele diz: "Caro coordenador, fulano me enche o saco. Me muda de lugar." Aí o coordenador diz que você tem que se acostumar.
Eu queria que o coordenador se acostumasse com uma piroca cheia de areia no cú dele.
O que o garoto diz é: "Senhor coordenador, eu quero deixar esse fulano paraplégico, muda de lugar pra ele não precisar de uma cadeira de rodas."
Tá bom, eu tou exagerando, mas no fundo no fundo ele tá dizendo:
"Coordenador, eu não gosto de sentir raiva. Hoje eu tenho raiva do fulano."

Eu até entendo o fato do Coordenador não poder atender a todos os pedidos. Mas certas coisas não deviam ser passadas em branco. Nós tínhamos aulas sobre drogas, sobre sexo, sobre construtivismo mas nenhuma das aulas falou sobre o que realmente acontecia nas salas. Ir na coordenação reclamar era um convite a ser marcado.
Olha só a situação:
1-Aluno reclama.
2-Coordenador chama pais dos alunos.
3-O seu colega sabe que você reclamou.
4-O idiota do coordenador não pode fazer nada porque ele precisa da mensalidade daquele aluno
5-Você é MAIS ZOADO.

Lógico, você pode ter este questionamento:
"Caralho amigo, você é muito intolerante. Aquele cara que te zoa deve ter problemas em casa."

DIGO-TE QUE NÃO!!!

Como eu disse eu estudava num colégio de riquinhos de merda. Nenhum deles era pobre. E posso afirmar que a grande maioria das pessoas que eu sabia que tinha algum problema (pais separados ou que não tinham um bom relacionamento em casa) eram as pessoas que MAIS FICAVAM QUIETAS.

"Ó DEUS!!! Por que essas pessoas terríveis fazem esse tipo de coisa? "
Porque falta uma coisa simples: disciplina.

Felizmente no Brasil o Bullying não é muito forte. MAS EXISTE. Pra quem não sabe, Bullying é aquela merda que nós vemos em filmes americanos aonde o cara forte da oitava série enfia a porrada no moleque da quinta e as escolas NUNCA FAZEM NADA pelo moleque da quinta.
RESULTADO: COLUMBINE.
Quando Columbine aconteceu aquilo não me surpreendeu nem um pouco. Na verdade eu me questionava se aquilo não devia acontecer todos os dias. Apesar disso eu achei aquilo BEM IMBECIL. Logicamente os moleques era uns perturbados e moravam num país que vendia balas mais baratas que comida. Eu estava puto, mas eu ainda era equilibrado e ninguém em casa tinha armas.

De qualquer maneira eu não posso me classificar como uma vítima de bullying. Talvez vítima das circunstâncias, mas certamente uma vítima. No fundo eu sabia que eu não podia reagir. Por que comigo algumas coisas funcionam um pouco no oito ou oitenta. Se for pra ficar com raiva eu fico mesmo. É pra rugir e cuspir sangue. Não é só pra levantar a voz. Então se eu realmente reagisse provavelmente eu quebraria um braço ou uma perna. E aí eu seria punido. Seria suspenso. Tomaria esporro em casa. Mas de quem é a culpa? É lógico que é do viadinho que teria me irritado por meses. Cara, pensa só, MESES de irritação. Eu quebraria o braço dele um dia só. Na minha opinião é barato até. Eu deveria quebrar um membro desse idiota todas as semanas.

Depois da sexta série, eu tive mais alguns anos de zoação. A sétima série foi ruim também pois nela eu aprendi definitivamente o que é ser excluído e na oitava eu escutei muitas palavras singelas de como eu era um idiota ou um bolha ou um nerd. Depois disso eu comecei a extravazar a minha agressão. Eu mandava as pessoas à merda mesmo. Um dia até jurei a um idiota que eu teria certeza de que a alma dele arderia no fogo do inferno (uma professora ficou chocada com a frase, mas dois minutos depois já tinha esquecido) . Isso ajudou (um pouco). Depois disso as coisas ficaram mais normais, afinal lá pelo segundo e terceiro anos as pessoas tem mais com o que se preocupar. Embora sempre houvesse uma pessoa pra vomitar palavras em você.

O resumo disso tudo é que por causa disso eu não virei um criminoso ou algo assim, estou satisfeito com a minha vida, mas certamente isso me modelou como pessoa. Eu sou extremamente fechado até hoje, tenho problemas pra controlar a raiva e de uns anos pra cá tive alguns ataques de ansiedade. Por causa disso meus escritores favoritos são Frank Miller e Neil Gaiman (algo de bom tinha que sair) e eu escrevo histórias violentas.
Outro resultado é que no final do meu terceiro ano aproximadamente um quinto da turma era composta de pessoas que eu classificaria como BANDIDOS/VÂNDALOS. Eu estudei num colégio que já havia expulsado um aluno homem por ter cabelos longos mas hoje não suspende nem por depredação do patrimônio.

Bem agora seguem alguns recados.

Parar pequenos nerds que são zoados:
1-Não sinta raiva. As pessoas que te zoam são UNS MERDAS. Eles não merecem a sua atenção.
2-A verdade dói. Se te zoarem porque você tira 10, fale a VERDADE: "Você é burro. Eu não."
3-Se você quer enfiar a porrada em alguém, não tenha medo de APRENDER a fazer isso. Seu queixo não é de vidro. Sinta o sangue fluir para os seus músculos. Só não saia quebrando todo mundo sem motivo. Você nunca começa uma briga. Você só termina.
4-Não zoe sem motivo. Senão você é tão merda quanto aquele que te zoa.

Para os professores:
1-Se você nota que tem algum aluno sendo muito zoado você não dá aquela parada na aula e explica que as pessoas são diferentes. Você explica o que aconteceu em Columbine. E explique com muitos detalhes.
2-Disciplina se aprende COM PUNIÇÕES.
3-Suspensão em casa É PRÊMIO.

Para os "fanfarrões":
1-Se você tira nota baixa e zoa o nerd você é um merda.
2-Sim, você é burro mesmo. Pra tirar um oito naquela prova de História era só você ter escutado o professor. Mas você ficou zoando, conversando ou algo assim. Aí na prova vira aquele pesadelo.
3-Você tira nota boa e zoa o nerd? Cara você é merda DUAS VEZES mais.
4-Você se reconheceu nesse post? Então se sinta feliz por estar vivo. E antes que eu me esqueça vai tomar cú.

Escrevendo este post eu revi vários momentos da minha vida na escola e vi como aquilo tudo era frustrante. Eu senti um pouco de raiva de novo.
Eu até hoje me sinto mal quando tenho raiva.

sábado, 20 de outubro de 2007

Porque as mulheres mandam?

Esta é uma pergunta que eu me faço às vezes. Bem, primeiro tenho que esclarecer a pergunta.
Não estou dizendo que as mulheres dominam o mundo ou algo assim. Mas o fato é que em locais de trabalho o número de mulheres chefiando aumenta a cada dia. Aonde eu trabalho metade dos gerentes de projeto são mulheres, e 80% dos gerentes de programa (gerentes dos gerentes de projeto) são mulheres. Desde que entrei lá, já tive mais ou menos uns 3 ou 4 chefes e só um era homem, e está sendo substituido por uma mulher.
Eis que semana passada encontrei um artigo no jornal falando justamente disso e dando as CAUSAS do domínio feminino nos cargos de alta gerência.
Muito bem caros trovadores, pois, minha minha missão é investigar com cuidado estas causas e esclarecer sob o ponto de vista masculino porque isso tudo é UMA GRANDE PALHAÇADA.
Antes que eu seja escurraçado pelas mulheres que lêem este blog (quase ninguém lê isso mesmo então nem estou com medo), vocês irão entender ao que me refiro à palhaçada.

Então, destroçemos os argumentos que alimentam os subterfúgios que ousam imprimir em nossa sociedade:

- "Homens não trabalham em equipe."
Já vi muitos homens trabalharem em equipe e vi mulheres se descabelando. Se essas mulheres falaram isso, é porque trabalharam com homens BURROS. Uma equipe necessita primariamente de um bom relacionamento. Só isso.

- "A mulher é mais rápida pra resolver pendências"
Já vi mulheres demorarem décadas pra tomar ações.

- "Os homens dão ordens pela metade e esperam que sejam cumpridas integralmente."
Já vi mulheres nem darem ordems e esperarem algum resultado. Já vi mulheres darem EXCESSO de ordens. Sabe quando dá aquela vontade falar: "Eu teria terminado tudo o que você me pediu se você não me interrompesse a cada dois minutos" ?

Agora vamos aos conselhos que elas dão aos homens:

"Una a equipe."
Chopp na sexta feira. Nada mais a adicionar.

"Ouça opiniões."
Tá, esse é um conselho bom pra QUALQUER UM.

"Evitar trabalhar em excesso."
Ah, sim... o trabalho em excesso. Todas as vezes que precisei fazer isso foi pra cumprir prazos estapafúrdios. Quem determinou os prazos mesmo? Ah sim, AQUELA gerente.

"Modere a voz"
AUHAUHAUAHAUHAUAHAUAHAUHAUAHUAHAUHAHAUHAUHAUAHAUHAUH
Sério, em todo o tipo de reunião com mulheres eu só pude observar como a sala vira um ZOOLÓGICO. A histeria é uma regra e muitas vezes tive que deixar a minha cadeira porque simplesmente eu estava impossibilitado de prosseguir com o meu trabalho. Porque? Porque tinha alguma mulher histérica do meu lado.

"Atenção a detalhes. Explique bem as ordens e acompanhe o andamento das tarefas."
Caralho, QUE CONSELHO REVOLUCIONÁRIO!!! Sério, novamente, isso é qualidade de QUALQUER LÍDER. Se o "soldado" não cumpriu a sua ordem corretamente é porque ele é inapto ou a ordem foi dada de maneira errada. Isso é mais do que óbvio.

Bem caros companheiros de trova, agora vem a minha réplica. Eu posso dizer que tive ótimas chefes, mas posso dizer que já vi coisas bizonhas. agora seguem alguns conselhos muito bons para as mulheres que lideram:

1- Acabem com a galinhagem.
Sim. Acabem com esta porra. Isso fode com o ambiente de trabalho. As mulheres criam todo o tipo de picuinha. Falam mal dos outros pelas costas na frente de todo mundo, e falam como a "outra-vagabunda-que-tem-o-cargo-que-eu-quero" faz um trabalho péssimo. Isso leva também ao conselho abaixo:

2- Parem de misturar as coisas.
Se um colega de trabalho não gosta de você não significa que ele vai te ferrar e você tem que ferrar ele. Trabalho é uma coisa, vida pessoal é outra. Um homem é capaz de discutir feio com um outro homem e depois eles baterem um papo no bar e resolver isso. Ainda não vi uma mulher que largasse esse tipo de rancor. Rancor imbecil diga-se de passagem.

3- Controlem a porra do emocional!!!!
Se vocês não tem emocional pra agüentar a pressão não precisa ESPALHAR PRA TODOS OS COLEGAS CARALHO!!! Já repararam que quando uma mulher tá estressada ela faz um monte de escândalos? Pois é, isso atrapalha pra caralho.

4- Não tentem nos enganar...
"Mulheres trabalham mais. Mulheres são mais esforçadas"
Tá certo, é por isso que eu vejo elas navegando na internet pra procurar roupa e esmalte, isso quando elas não pintam a porcaria da unha no trabalho mesmo. Sério, TODOS tem seu momento de coçar o saco. Não é exclusividade masculina.


Pois é... todos tem os conselhos que merecem.

Viram a idiotice disso tudo? O problema não é o homem ou a mulher, todos os conselhos são bons PARA QUALQUER UM. Se as mulheres estão ganhando mais espaço, é porque tinham homens que não desempenhavam bem seu papel. É tudo uma questão de COMO SE LIDERA.


Agora seguem os conselhos que QUALQUER CHEFE deveria saber:

1- Respeito se consquista.
Ter o cargo não adianta. Se você chegou até onde chegou dando a bunda isso não vai te ajudar a ter respeito e ponto final. As pessoas percebem. É como se estivesse escrito na testa.

2-Não tente entender mais do que o especialista.
Se você tem um especialista ESCUTE O QUE ELE TEM A DIZER PORRA! É por isso que você contratou ele!!!

3- Se você promover aquele cara que deu a bunda o resto vai ficar puto.
Isso é óbvio. TODO MUNDO sabe quem puxa o saco e não faz porra nenhuma. Em geral são esses os promovidos. Isso vai de encontro com o primeiro conselho.

4- Não tratem seus subordinados como imbecis.
Sério, se você quer dar uma desculpa, FALE A VERDADE. Os empregados sacam quando o chefe mente. O grande problema é que a verdade dói. Em geral, no trabalho dói mais.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Momento de sabedoria do Gil Brother Away 3

"Não pagarei imposto! Agora vou viver ao Deus dará!"
Gil Brother Away, sobre os impostos no Brasil

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Momento de sabedoria do Gil Brother Away 2

"Cumpadi não, que eu não batizei o teu filho!"

Gil Brother Away, ao ser chamado de "cumpadi"

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Momento de sabedoria do Gil Brother Away 1

"No Rio de Janeiro não precisa ser dia de Cosme e Damião pra você ganhar bala."
Gil Brother Away

domingo, 14 de outubro de 2007

Nature's Revenge

Minhas tartarugas são lésbicas. Ou, pelo menos, uma delas é; não sei dizer qual, acho ambas iguais... Na verdade, nunca reparei, nem são minhas de verdade, são dos meus primos...

Mas a posse das tartarugas não é importante. O que importa é que, volta e meia, uma delas resolve "montar" em cima da outra (O Michelangelo - a Tartaruga Ninja... - provavelmente adoraria a cena). A tartaruga de baixo deve ficar amarradona... Porém, o tempo vai passando... E ela lá, esperando... Esperando... E nada acontece. Então, ela, emputecida, resolve sair de baixo... Derrubando a pobre tartaruga que está por cima... E esta, idiota, ao contrário dos felinos, SEMPRE cai de barriga para cima (algum dia passo manteiga na barriga delas, para ver se passam a cair direito...)!

O tempo vai passando, e o pobre réptil fica lá, tentando se virar... E se caga todo, no esforço. São fezes para todo lado... Ao Sol. E isso, na varanda em frente ao meu quarto, lógico...

Ah, que fragrância matinal... O doce aroma de fezes de tartaruga pela manhã... Não há melhor maneira de acordar.

Bicho nojento. Acho que vou por fraldas nelas... Ou cintos de castidade, sei lá... A droga do cheiro é horrível! E é claro que sou eu que tem que ir lá desvirar a criatura... Pelo menos, limpar o local não é minha responsabilidade...

Mas meu tormento animal não acaba aí... Há também os mosquitos. Ao longo dos anos, a seleção natural promovida por mim aqui em casa os tornou virtualmente imortais. Pode-se espremê-los entre suas mãos, ou contra as paredes, não importa, eles sempre saem voando ao se remover o que quer que os esteja tentando (inutilmente) esmagar...

O ventilador também é inútil; eles surfam nas correntes de ar com maestria... Devem achar refrescante.

Os remédios para mosquito também não são eficazes: a quantidade necessária para deixá-los zonzos a ponto de ser possível acertá-los e matá-los na base da violência total e irrestrita é tamanha, que acho que algum dia quem vai cair no chão, morto, envenenado, serei eu...

Me cobrir com lençol também é inútil...

Mas acho que esse deve ser o preço de se poder acordar ouvindo o som dos pássaros cantando, nas árvores... Se bem que eu aceitava ouvir uma versão gravada em MP3, para me livrar dos mosquitos...

Só o que ainda não dá para substituir é o cheiro da chuva; cheiro de terra molhada... Aqui, é muito bom quando venta e chove... Ouvir o som da água batendo no telhado; o farfalhar das folhas ao vento...

Claro que, se eu tivesse dinheiro, muito, de verdade, daria para fazer o que eu quisesse... Afinal, se é possível fazer nevar no deserto (para se esquiar, ainda por cima!), qual seria a dificuldade em se fazer chover sem mosquitos?

Preciso mesmo escavar uns poços de petróleo...

terça-feira, 9 de outubro de 2007

A vida imita a arte



Se não conseguirem ler, cliquem na figura e leiam a tirinha. Sinceramente, dispensa comentários.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Roll Out!

A casa onde moro (a maior parte do tempo...) tem garagem. Porém, hoje, voltando da UFRJ... No meio do caminho, tinha um carro. Tinha um carro no meio do caminho. Estacionado. Na frente da porta da garagem. E eu queria passar por cima.

O conceito de "garagem" é assim, tão complicado de se entender? Afinal, param na frente da minha o tempo todo! Sendo uma garagem, um carro deve ser capaz de entrar nela... Logo, o portão é enorme! Não é possível que os motoristas não enxerguem...


Teve uma vez em que um, meio sem graça, tentou se justificar, dizendo que não tinha nada escrito na porta da garagem... O que é simplesmente ridículo! Afinal, se o indivíduo é cego a ponto de não ver um portão "gigantesco", como vai ser capaz de ler um "Não Estacione, Garagem" escrito numa placa bem menor que o portão?

Li em algum lugar que não se deve atribuir a mau caratismo o que pode ser explicado pela estupidez. Acredito que seja impossível a alguém que dirige não ver uma porta de garagem... Mas seria realmente possível a existência, em seres humanos, de cérebros tão estúpidos e mal formados a ponto de não associarem "portão grande" a "garagem"? Ou seja, só pode ser mau caratismo...

Em algum documentário no Discovery, alguma vez, foi dito que, em 10% dos casos, as crianças não são filhas de seus "pais"; mamãe teria pulado a cerca... Dirigir, porém, me faz crer que este valor está absolutamente errado: a porcentagem de filhos da p#%@ nas ruas é muito maior!

Claro, não são somente os motoristas: os pedestres, também, são incapazes de compreender certos conceitos, como o de "calçada". Se existem calçadas, por que andar no meio da rua? O pior é que "meio", em alguns casos, não é força de expressão! Mas não importa, o maldito pedestre idiota se posiciona na rua de modo calculado a impedir que seu carro passe, sendo que a calçada a seu lado se encontra absolutamente desimpedida...

Tudo isso só me faz concluir que é muito triste ser pobre. A "força", em nossa sociedade, é a riqueza. Ser pobre significa que sou fraco e, por isso, deveria ser extinto (num caso extremo), ou me resignar a ter de lidar diariamente com tamanha estupidez. Mas eu não quero! Quero ser rico, e só andar de helicóptero!

Isso faz eu me lembrar de duas histórias que meu pai me contou uma vez. A primeira, ele presenciou em algum lugar, não lembro onde... Foi o seguinte: um senhor, em seu carrão milionário, se preparava para estacionar em uma vaga... Quando então uma garota acelera com seu carrinho, atrapalha a manobra do senhor, e pára na vaga onde ele estava estacionando. E, para piorar, sai do carro, e ainda vai debochar dele: "O mundo é dos espertos!", diz ela... O senhor, então, vai com seu carro, e começa a bater no carro dela, fazendo um estrago... A garota fica estupefata, sem saber o que fazer... Ele, então, para o carro em algum outro canto, e então vem até ela tranqüilamente e, com a maior calma, responde: "Não é, não. É dos mais ricos.", e vai embora, como se todo o estrago automobilístico que acabara de acontecer não fosse pesar absolutamente nada em seu bolso...

Nossa, como eu queria poder fazer isso... Não deixaria uma peça inteira dos carros que param na porta da minha garagem!

A segunda história aconteceu com meu pai, mesmo: quando ele estava aprendendo a dirigir, meu avô não deixava ele pegar o "carro de passeio", com medo de que meu pai o arrebentasse ("O que nunca aconteceria, pois sou piloto", ele diz...)... Então, meu pai saia com uma caminhonete (ou algo do tipo), de aço... Com motor de trator. O troço era um monstro...

Um belo dia, andando pela praia (em Aracajú - na época, neste local, havia uma única estrada, e só dava para passar um carro por vez), avistou mais adiante um cara, em seu carrão conversível, parado no meio da rua "mandando uma idéia" em alguma menininha da praia... Meu pai, então, teria dado uma businada "de leve", só para o cara dar uma manobrada e encostar o carro, de modo que meu pai então pudesse passar... O "preyboy", então, vendo aquele carro tosco e acinzentado atrás dele, resolveu aproveitar para "tirar onda" e impressionar mais a menininha da praia, num outro típico momento Animal Planet: julgou o adversário inferior, e então resolveu "crescer"; estufou o peito, empinou a crina, essas coisas... Berrou "Passa por cima!", e se virou, com um sorriso debochado, de volta para a garota, no melhor estilo “Viu como sou foda?”. Porém, ele não contava com a lataria de aço e o motor de trator... "Pois não.", disse meu pai, engatando a primeira... E rebocando (na verdade, empurrando) o conversível... Que não teve outra saída a não ser ir embora... E ficou sem a menininha!

Mané... Sun Tzu teria vergonha dele...

Por isso, acho que eu já ficaria feliz com um "monster truck"... Mas claro que eu só passaria por cima de quem merecesse... Seria um "Senhor Volante" moderado; não a versão corrompida pelo poder, que é o Pateta...

Realmente... Como já deve ter ficado claro: odeio dirigir, com todas as minhas forças!

E, para terminar, antes que alguém dê essa sugestão: não, não adianta ligar para o reboque. Ele quase sempre não aparece. E, quando aparece, já deu tempo de o indivíduo que tinha parado aqui se mandar, e um segundo parar na porta da garagem, e então ir embora, também...

Seria legal se eu pudesse dirigir um Autobot...

P.S.: Algum dia, ainda consigo correr com o carro a 144 km/h!

sábado, 6 de outubro de 2007

Cuidado com o que deseja

O marido chega em casa depois do trabalho e fala para a mulher:

"Querida, duvido que você consiga me falar uma frase que me deixe feliz e triste ao mesmo tempo."

A esposa, olha com desprezo para o marido e diz:

"Eu transei com o vizinho do 703 e o seu pênis é maior que o dele."




Lição: Cuidado com o que deseja. Pode virar realidade.