segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

SAC

Mulher de qualidade devia vir com certificado ISO e selo do Inmetro

Mulheres não gostam de homens sinceros. Fato. Qualquer um que já tenha cometido o erro de ser sincero com uma mulher sabe disso.

Eu sou idiota, e incorro nesse erro várias vezes. O interessante é que, por eu ser o único sincero (tá, é possível que haja outros imbecis como eu por aí), elas não acreditam em mim...

De modo a não incorrer na fúria feminina, falando diretamente a alguma representante do gênero, deixarei aqui, agora, listadas algumas reclamações, como uma garrafa com um bilhete lançada ao mar por um náufrago.

Tenho consciência de que essas reclamações são necessárias. Elas, de fato, deveriam ser toques que as amigas deveriam dar umas às outras, mas não o fazem (os motivos são irrelevantes neste momento).

Afirmo desde já que são coisas que me incomodam, particularmente, em diferentes graus. No caso de algumas delas, realmente, outros homens discordam de mim. No caso de outras, concordam, mas mentem para a mulher de modo que esta não "durma de calça jeans"... Deixo claro também que sou mais "exigente" que a maioria dos outros homens ("já peguei piores e paguei" definitivamente não é o meu lema). Assim sendo, se alguma mulher algum dia porventura resolver considerar algumas das coisas que aqui escrevo, sinta-se como Demóstenes, falando ao mar com a boca cheia de pedras.

Então, comecemos.

Perfumes. Particularmente, eu não gosto. O clima brasileiro não é propício ao seu uso. E convenhamos que a mulherada exagera. Parece que tomam banho com o negócio! Exalam o cheiro a ponto de quase parecer que estão dentro de uma cortina de fumaça... Te fazem lacrimejar mais do que cebola...

Eu gosto de sutileza. Sou da opinião de que o perfume deve ser fraco, de modo a instigar o homem a chegar mais perto, para poder sentir melhor o cheiro suave (a ponto de permitir inclusive que se diferencie o cheiro do perfume do cheiro do cabelo da mulher, por exemplo)...

Conheci muito poucas mulheres que usavam perfume da maneira que eu gosto...

Já tentei convencer algumas desse meu ponto de vista, contando a seguinte historinha:

No Japão, havia um imperador que escolhia suas mulheres da seguinte forma: dava festas, para apreciar a Lua, ou o desabrochar das flores de alguma árvore, essas coisas... No meio da festa, ele então soltava borboletas (ele as colecionava, para esse propósito), e estas voavam em direção à mulher que cheirava melhor (isso não é explicitado, mas acredito fortemente que o imperador, malandro, só chamava mulher bonita para a festa)... E esta mulher, então, era a escolhida da ocasião.

Claro que a história não termina aí (termina, quando sou eu que conto a alguma mulher) e o imperador acaba tendo uma morte horrível no final, mas isso não vem ao caso.

Pensem, então, pessoas, se alguma borboleta iria voar em direção a alguma mulher "perfumada ao extremo"... O coitado do inseto morreria intoxicado no meio do caminho...

Concordo com o imperador: mulher deve ter "cheiro de rainha" (rainhas passam a idéia de altivez, poder, personalidade e sensualidade, enquanto que as "princesinhas" são meiguinhas e inúteis, só sabem ficar esperando pelo príncipe encantado).

Infelizmente, em 100% dos casos em que contei essa história do imperador fui chamado de ridículo pela minha audiência feminina do momento...

Ainda sobre perfumes: notei recentemente que tem uns, agora, que tem cheiro de bubbaloo... Fico intrigado pensando o que leva a mulher a achar que é legal ficar cheirando a chiclete... Já notei uns com cheiro de bubbaloo melancia, outros com cheiro de bubbaloo morango, e outros de tuti-fruti (espero que não haja outros "sabores").

Continuando com os cheiros, o que são aqueles produtos para cabelo com cheiro de chocolate? Senhoritas, sinceramente, ovo de páscoa não dá tesão... Então, não cheirem como um...

Pior que isso, só aquelas chapinhas, ou sei lá o que, que deixam o cabelo da mulher cheirando a formol...

O que nos leva ao próximo tópico: chapinhas, alisamentos, ou sei lá o nome desses troços.

Vamos então à realidade: isso é muito feio. O seu cabeleireiro, senhorita, te diz que é bonito para que você continue indo nele gastar rios de dinheiro fazendo isso. Os homens te dizem que é bonito apenas para que você não se irrite e acabe por lhe negar aquilo que ele está querendo... E as demais mulheres te dizem que é bonito ou porque foram igualmente enganadas, ou porque querem que você se exploda (literalmente, se possível).

Em geral, a natureza sabe o que faz... Cabelos ondulados ou cacheados também são muito bonitos... Então, mulheres, por favor, apenas realcem sua beleza natural nesse sentido; não tentem mudar de maneira forçada, pois o resultado fica descaradamente artificial e catastrófico.

E o pior é que isso é um caminho sem volta, aparentemente (não afirmo categoricamente, pois não entendo nada disso, só observo resultados). Quanto mais a mulher faz esses troços, mais o cabelo fica com um aspecto duro e quebradiço, parecendo palha. Com o passar do tempo, é como se o cabelo fosse endurecendo cada vez mais, a ponto de precisar de dobradiças para se mover...

Ou então eu estou redondamente enganado, e só noto essas coisas quando o cabeleireiro da mulher é ruim. Talvez, se o cara for bom, o resultado pareça natural, e eu acabe não notando nada... Se for o caso, então, simplesmente 100% das mulheres que eu conheço e que tem essa irritante mania de alisar os cabelos freqüentam salões péssimos. Como isso é um tanto quanto improvável, assumo que estou certo em minha suposição inicial.

Próximo tópico: tatuagens.

A zebra macho está quieta, na dela, bebendo água num rio na savana africana... Aí, do outro lado, passa trotando, lentamente, uma zebra fêmea, toda listrada... O macho repara nela, vê aquelas listras, e nossa, que frisson que ele sente! Fica todo arrepiado (aposto que é por isso que a crina dele é em pé, ao contrário da do cavalo)... A zebra fêmea, então, finge que não nota, assume um ar pedante, e vai embora, mas isso é outra história...

E aí, você vem sempre aqui?

Mas eu não sou uma zebra. Mulher rabiscada não me dá tesão. Claro que não sou exagerado nesse quesito. É uma questão de lógica fuzzy: são diferentes graus de pertinência ao conjunto do ridículo. Tatuagens pequenininhas são quase irrelevantes... Quanto maior a porcentagem da pele coberta por um desenho, maior o grau de pertinência ao conjunto do ridículo.

Temos mulher-samambaia, mulher-melancia, mulher-filé, e não sei o que mais... As mulheres tatuadas me parecem competir pelo posto de "mulher-viaduto", vendo qual a mais pichada... Algum dia ainda vou ver alguma que tenha escrito "só Jesus expulsa demônios das pessoas" em alguma parte do corpo...

Claro que tem aquelas que extrapolam toda a noção do ridículo, tatuando ideogramas no corpo sem fazer a menor idéia de o que significam (já vi uma que escreveu "amigo" no sovaco, e outra que escreveu "tem grande" nas costas - isso mesmo, e não me perguntem o porque, eu não sei).

Existe só uma tatuagem (que eu tenha pensado até hoje) que eu acho que ficaria interessante na mulher, mas há um contexto para essa história, que ficará para um próximo post.

Agora, piercins. Eu não gosto. Mas é a mesma história da tatuagem: um pequenininho, tudo bem... Agora, brincar de cabide, com vários pedaços de ferro pendurados em você, não dá... E, definitivamente, ficar contando para os outros que infecciona e fica soltando pus não é interessante... Glóbulos brancos mortos vertendo do corpo não são sensuais.

Voltando rapidamente à questão do odor: fumar. Não faça. Cheira muito, muito mal, e fim.

Beber: moderadamente, sem problemas. Agora, ficar vomitando (talvez inclusive abraçada à privada), e/ou doidona, falando besteira e passando vergonha, não, por favor.


Silicone: eu acho feio...

Dentes: Ortodontistas estéticos existem. Dentes encavalados são feios. E, com a idade, a situação piora (devido a algum problema de descalcificação entre os 30 e os 40 anos). Então, se possível, usem um aparelho por alguns poucos meses, e tenham anos e anos de um sorriso lindo.

Eu acho o sorriso feminino apaixonante... Desde que os dentes estejam um do lado do outro, e não um atrás do outro, igual um gafanhoto (nunca entendi essa rima), é claro... Fileiras de dentes é coisa de tubarão.

Forma física. Desnecessário comentar. Não precisam ficar morando na academia... Não precisam exagerar nesse sentido... Mas, se for para exagerar, que exagerem nesse, e não no sentido oposto, por favor... Hehehehe...

Só completando: mulheres musculosas, fortonas, são feias.

Virar de lado quando um homem for falar com você na "balada": você não está se fazendo de difícil com esse comportamento, está se fazendo de ridícula... Acho isso tão desnecessário...

Ainda sobre a "night": que maquiagem bizarra é essa de/com purpurina? Isso gruda na gente, e não sai! É para marcar território, por acaso?

E, por fim, mas não menos importante: tenham personalidade! Tenham o que falar!

Vocês sinceramente não acham ficar a "noite inteira" (me refiro aqui ao período pré-agarração) trocando currículos conosco chato? Eu acho...

Qualquer coisa diferente disso só rende como resposta "Ah, sei lá, tipo assim, não sei..." e afins... E isso é tão entediante (eu acho, pelo menos)... Depois reclamam que o homem só quer saber de sacanagem... Hehehehe...

Se bem que isso é mesmo irrelevante, considerando-se o objetivo puro e simples de se apaziguar os impulsos animais...

Mas será que realmente essas mulheres não tem nada a dizer? Ou será que é "medo" de dizer alguma coisa que desagrade? E não, pessoas, não recomendo que façam essa pergunta a uma mulher "na night"...

Já conheci, claro, algumas que não seguem esse padrão... E vocês, senhoritas, estão de parabéns! Só não falei isso a nenhuma de vocês pessoalmente porque seus namorados estavam do lado (terminem com eles; eu sou muito mais interessante! Hahahahaha...)...

Agora chega. Já são reclamações suficientes para um único post.

sábado, 13 de dezembro de 2008

E.T. Telefone minha Casa!

E.T. solidário, sustentável, inclusivo e carbono zero

Como eu havia prometido num texto anterior, vamos agora discorrer sobre visitas alienígenas ao planetinha azul.

Primeiramente estabelece-se que opiniões são diferentes de fatos. Eu sei que isso parece meio óbvio, mas é absolutamente irritante a quantidade de pessoas que confunde as duas coisas em uma discussão.

Em segundo lugar, "na prática, a teoria é outra" é uma frase muito engraçadinha de se dizer, mas só serve como piada, mesmo. Quem prestou atenção na aulinha sobre método científico na quarta série primária (ou seria terceira?) sabe que a teoria é uma hipótese validada por experimentação, ou seja, pela prática.

Não sei se o que disse acima terá qualquer utilidade para esse texto, mas continuemos.

A Terra está no subúrbio da Via Láctea. Esta galáxia, por si só, já é toda bem comportada, em espiral e tudo o mais... Não está se chocando com nenhuma outra, entre inúmeras outras vantagens. A localização de nosso planeta longe do centro nos trás uma série de benefícios... Longe de toda a confusão de energias e "acidentes" cósmicos que ocorrem mais ao centro (poxa, no meio da Via Láctea tem um buraco negro com uma massa sei lá quantos milhões de vezes maior que a do Sol!) pudemos nos desenvolver em relativa paz (fora uma ou outra colisão com outros corpos celestes, coisa boba - não há nenhum dinossauro aqui para discordar de mim, mesmo).

Claro que ter uma boa vizinhança, por si só, não é o suficiente (sem falar de nosso bom posicionamento com relação ao Sol). Temos também água, moleculazinha simples, porém bizarra, cheia de propriedades interessantes, e o tal do carbono, elemento químico limpinho e cheiroso, bonitinho, levinho (só tem 6 prótons - a quantidade de nêutrons varia, claro) e o melhor de tudo, tetravalente.

Não é só o ser humano que é preguiçoso; toda a natureza o é. Tudo o que é feito é feito seguindo a lei do menor esforço... Como a água, sempre procurando ficar em locais de menor energia potencial e tal... Por isso que a vida se baseia nesses compostos químicos mais "simples"... Ou alguém acha que a vida iria surgir a partir de elementos químicos que tem sua meia-vida medida em nanossegundos?

Mas, mais uma vez, só isso não é o suficiente para permitir o surgimento da vida... Talvez sirva para coisas muitíssimo simples, mas não para organismos com um pouco mais de complexidade.

Tomando a Terra como exemplo, aqui, a vida só foi possível devido à presença de nossa Lua. Esse satélite serve para dar estabilidade à nossa rotação. Sem ele, nosso planeta ficaria rodando que nem louco, isto é, seu eixo de rotação ficaria mudando o tempo todo, freneticamente... Nem sei dizer se ainda teríamos um eixo, na verdade... Com isso, nosso clima sofreria tantas e tão intensas variações (ao longo do dia, mesmo), que seria impossível para um organismo vivo se desenvolver!

Esse tal de Universo não é um lugar muito confortável, mas a vista é boa

Para vocês terem uma idéia, mesmo com a Lua, pequeniníssimas variações em nosso eixo de rotação, e algumas outras em nossa translação, provocam eras glaciais! O Homo Sapiens está aí já a 276 mil anos (essa foi a última informação que tive), mas devido aos problemas climáticos, só conseguimos desenvolver nossa "civilização" há uns 7 mil anos (os Sumérios são sinistros!), e isso uns 3 mil anos depois que o clima e estabilizou de vez (levando-se aqui em conta o Jovem Dryas). Ah, sim: claro que esses valores não estão exatos... Coloquem aí uma margem de erro de mil anos que fica tudo certo.

Assim sendo, obrigado, Lua! Ah, sim: nosso satélite está se afastando da Terra; quero só ver como vai ser quando ele se mandar de vez, daqui a muitos e muitos milhões de anos (ou um bilhão e um pouquinho, será?)! Pior vai ser se isso avacalhar de vez com o ciclo menstrual feminino, deixando as mulheres de TPM eterna! Isso, sim, será o juízo final!

Mas chega de divagar (por hora).

Foram todas essas raras particularidades que permitiram o surgimento de vida na Terra. Ou seja, a probabilidade de se surgir vida em algum lugar é ínfima... Vida inteligente, então... Porém, o universo é gigantesco... Então, levando-se em conta termos absolutos, deve, sim, haver vida em outros planetas, talvez até mesmo vida inteligente...

Porém, daí a assumir que tal vida inteligente conseguiu se desenvolver a ponto de ter tecnologia para cruzar o cosmo, é outra história...

Mas não tem problema. Vamos aqui assumir que tal civilização existe em algum canto do universo. A verdadeira questão é: como tal civilização poderia saber que nós estamos aqui, para resolverem vir nos visitar (e viajando mais rápido que a luz, dando uma rasteira nas Leis da Física - ou não)?

Acima, eu descrevi fatos. E, com base neles, sou da opinião de que E.T.s não nos visitam, simplesmente por não terem como saber que aqui estamos. Opinião essa formada com base em um raciocínio lógico (ou seja, não houve validação prática nenhuma, claro).

Vejam só a quantidade ínfima de planetas ou satélites que conhecemos que tem um mínimo de similaridade com o nosso mundo a ponto de podermos considerar que lá surgiu algum tipo de vida. Uma civilização mais avançada poderia ter os recursos para achar um número maior de planetas mas, considerando-se o tamanho do universo, qual a probabilidade de achar o nosso? E, mesmo tendo achado, o que os faria vir aqui, tendo tantas outras opções?

Nós somos extremamente insignificantes, ainda mais em escala cósmica. Não provocamos alterações gravitacionais, e com relação às Forças Forte e Fraca, nem preciso falar... O único sinal que enviamos ao espaço, de modo a alguém saber que estamos aqui, para virem nos encontrar, são ondas eletromagnéticas... Porém, tudo na vida varia com o quadrado da distância (hehehehe...), e a potência dessas ondas não é excessão... Assim sendo, o que chega de nossas transmissões a esses outros planetas que poderiam abrigar vida é absolutamente nada. E a esses mais longuínquos, que não somos nem mesmo capazes de saber que estão lá, é nada sobre o número que você quiser (números reais positivos, por favor)...

Então, sinto muito, mas E.T.s não vêm aqui nos visitar. Eles não são pixadores de viaduto cósmicos, sem ter o que fazer, entediados a ponto de ficar avacalhando plantações de trigo por aí (sendo que já foi mostrado que seres humanos conseguem, sim, fazer "rapidamente" aqueles desenhos, mas as pessoas preferem acreditar que é uma espécie de graffiti alienígena)...

"Segundo grau completo em seis meses sem freqüentar aulas", em linguagem alienígena

Como no outro post, "eu quero acreditar"... Seria o máximo, em termos de avanços científicos, conversar e aprender com gente que passeia pelo universo como quem vai ao supermercado (como fazer para "dar a volta" na limitação física de a maior velocidade possível ser a da luz, por exemplo?). Ter liberdade para vagar pela imensidão do espaço, "onde nenhum homem jamais esteve", e poder voltar e contar o que viu, não a descendentes distantes, mas a seus amigos e familiares, mesmo, como se faz quando se volta de uma viagem qualquer...

Se bem que, considerando a raça humana, nós seríamos como os aliens de "Independance Day": seríamos um câncer cósmico, vagando de planeta em planeta, consumindo os seus recursos à exaustão, e então partindo para o próximo...

É melhor evoluírmos um pouco mais como espécie (ah, que piada...) antes de atingirmos tamanho conhecimento tecnológico...

Pronto, agora chega. No próximo post, retomaremos nossa programação normal. Como se houvesse uma...

Vida longa e próspera.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Infiéis, tremei!

Fiquei sabendo hoje da assinatura de um acordo entre o Brasil e o Vaticano...

Leiam o texto presente neste link, estremeçam, e em seguida corram para as montanhas!

É dito que não se deve atribuir a mau-caratismo o que se pode atribuir inicialmente à estupidez... Mas, sinceramente, não dá. O molusco engata uma atrás da outra, num combo de dar inveja aos mais viciados jogadores de Street Fighter! Não pode ser só uma grande coincidência de atos estúpidos, ou pura "corrupção despretensiosa" (com essa expressão, quero dizer algo como "vou desviar aqui e que se dane o que ou quem eu prejudicar com isso!")... Estou começando a acreditar que tudo o que ele faz tem por objetivo maior destruir o país! Praticamente um vilão de histórias em quadrinhos!

"Bwahahahahahahahahahaha (risada maligna), cumpanhêro!!"

Só falta começarem a queimar livros em praça pública (pobre biblioteca de Alexandria...), para na seqüência fazer o famoso churrasco de hereges...

Acho que vou rezar para o Deus Jiray me proteger!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

A Vida, o Universo e Tudo Mais


Existem 3 formas de se adquirir conhecimento: experimentação, dedução lógica, ou através de ensinamentos que partam de alguma autoridade no assunto que se deseja aprender.

Nada garante que a tal autoridade estará ou não certa quando tentar te transmitir algum conhecimento (os interessados podem pesquisar sobre a falácia "apelo à autoridade")... E existem certas coisas que não podem ser verificadas empiricamente, seja devido a questões técnicas e/ou econômicas (LHC, por favor, volte!), ou porque ninguém ainda concebeu algum experimento que permita que a verificação desejada possa ser testada.

Nos resta, nesses casos, a dedução lógica.

Essa introdução toda foi escrita de modo a minimizar comentários idiotas que possam vir a ser feitos aqui.

- Agora, eu escreveria que ninguém visita esse blog, de qualquer forma, mas já estou ficando sem paciência para escrever isso em tudo quanto é texto... Acho que agora vou só colocar uma sigla: NVEBM (Ninguém Visita Esse Blog, Mesmo). -

Esse texto tratará brevemente sobre os conceitos de divindades e de vida após a morte.

Primeiramente, divindades:

Para ser deus, a criatura deve ser, conceitualmente, onipresente, onipotente e onisciente. E todos esses conceitos geram problemas. Vejamos a onisciência, por exemplo: se deus sabe o futuro, isso quer dizer que ele já está determinado. E, com um futuro determinado, não pode haver livre-arbítrio... Precognição e livre-arbítrio são coisas mutuamente excludentes. Se tudo já está definido, as pessoas não tomam decisões por conta própria. Não há mais responsabilidades. Nada do que acontece é culpa de alguém. Tudo já foi decidido por deus. E, se assim não o fosse, isto é, se deus deu livre arbítrio às pessoas, ele não conhece o futuro, logo, não é onisciente, logo, não é deus.

Alguém pode pensar "tá, tudo bem, o livre-arbítrio não existe, e eu não passo de um autômato, mas deus existe" (sim, já ouvi isso), mas aí vem uma tal de mecânica quântica e excentricidades naturais afins, que dizem que a realidade é probabilística... e puft, foi-se embora o determinismo (foi mal, Einstein)! Logo, nada de se conhecer de antemão o futuro, nada de onisciência, e nada de divindade.

Então, menininhas que consultam seus horóscopos, vocês já podem parar de fazer isso. E, nesse ponto em particular, caso não estejam convencidas, peguem aquela formulinha da Lei da Gravitação Universal e, por exemplo, substituam os valores das massas com a sua, no momento em que nasceu, e a de Plutão (procure na Wikipédia), e a distância você pode aproximar para a distância entre a Terra e Plutão, que eu garanto que não fará diferença para a conta... Viram só que valor medíocre tem a Força obtida? Agora, refaçam a conta considerando, sei lá, a massa da cama em que sua mãe estava no momento em que pariu você, e a distância (ínfima) que você estava da cama ao nascer... Muito maior que o valor obtido na outra conta, não? E então, alguém chocado por saber que objetos na Terra deveriam ter mais influência no seu "horóscopo" do que planetas que, como o Vasco, foram rebaixados para a segunda divisão?

Mas chega de divagar.

A onipresença também é um problema... Lembrem-se das aulinhas de biologia da escola (só para ilustrar o conceito)? Lembram da "membrana citoplasmática"? Entre outras definições, não se dizia que era ela a "separar a célula do meio externo"? Então, a "consciência" segue o mesmo princípio... É o que define que "você é você", e não uma outra pessoa ou coisa... É o que te dá a noção do "eu"... Para se estar em absolutamente todos os lugares ao mesmo tempo, é necessário "ser" todas as coisas... E o "ser" todas as coisas implicaria na ausência dessa "consciência" que separa o "eu" do "resto"... Logo, a onipresença implica na não-existência de uma divindade, que seria uma entidade toda-poderosa que teria ciência de si própria.

E não, Padawan, nada do que eu disse até agora reforça a sua "crença" na existência de uma "Força" que rege o universo... Beber Yakult não aumentará sua quantidade de midi-chlorians (lactobacilos vivos Jedi)... E o mesmo vale se você quiser trocar "força" por "energia" (se bem que eu acharia hilário tentar ver quantos Joules, por exemplo, deus tem)... As Leis da Física estão aí, o Universo está aí, a Natureza está aí, e nada disso está nem aí para você. Somos irrelevantes para o cosmo, gostemos ou não disso. Mais uma vez, ele não dá a mínima... Até porque é desprovido de consciência, instinto, ou o que for; ele simplesmente é.

A onipotência é o problema mais "manjado" de todos: "pode deus criar uma pedra tão pesada que nem ele possa levantar?", e aí está o paradoxo.

Vamos, agora, abordar o além-vida:

Existem as Leis da Física, existe a matéria, existe a energia, existe informação (Shannon, você era sinistro - outra divagação...), que representa como tudo isso se inter-relaciona...

O que somos "nós"? Somos um punhado de impulsos elétricos e reações químicas... Somos o que está armazenado em nossas cabeças... Sem o meio de armazenamento, não somos nada... O que seria a "alma", o "espírito", ou o que for? Se é "energia", não importa, deveria ser o meio em que estaria armazenada a informação referente ao "quem sou eu"... E imagina só que bagunça não seria se tentar estruturar energia de modo que isso pudesse armazenar informação? Não são bits "correndo" por um barramento; não é um sinal modulado "correndo" pelo espaço... Seria energia organizada de modo a representar toda a experiência de vida de um ser humano e, mais que isso, capaz de se adaptar e mudar na medida em que novas experiências são "vivenciadas" (termo meio que inapropriado, caso se considere que se estaria morto)... Seria necessário muito mais energia ainda para se manter tal organização, e se modificá-la de maneira ordenada... Seria uma confusão tão grande que seria um fenômeno facilmente observável e mensurável... E, como até hoje não o foi...

E isso de que "a ciência fecha os olhos para os fenômenos sobrenaturais" é conversa fiada... Primeiro que, se algo acontece, é porque a natureza assim o permite, logo, não é "sobrenatural"... Segundo que há, sim, experimentos nesse sentido... Um exemplo de um experimento desses foi conduzido recentemente em hospitais na Inglaterra, se não me engano... Sabem aquelas pessoas que dizem que ficam voando acima de seus corpos em cirurgias? A ciência médica já explicou isso, mas as pessoas não ficaram convencidas... Então, os cientistas resolveram colocar prateleiras em alturas consideráveis nas salas de cirurgia, e sobre as prateleiras, colocavam fotos deitadas, de modo que quem estivesse na sala não conseguisse vê-las... Isto é, somente gente flutuando seria capaz de ver as fotos... E, até o dia em que o resultado do experimento foi divulgado, qual foi o total de fotos descritas pelos "pacientes voadores"? Não vai ganhar uma jujuba quem disse "zero" porque a resposta é meio que óbvia demais...
Leitores, não me levem a mal... Eu quero acreditar em vida após a morte... Acho a idéia de ser deletado ao morrer (shift+del, isto é, sem direito a uma estadia na lixeira, inclusive) simplesmente assustadora... Eu não quero ser apagado da existência mas, novamente, infelizmente, é o que inevitavelmente vai acontecer... Como eu já falei, o universo não está nem aí para o que queremos...

Mas tudo tem um fim... Até mesmo o universo dará shutdown algum dia... Então, meninos e meninas, qual a lição que podemos tirar disso tudo? A que eu tirei foi: já que estão de passagem por aqui, de qualquer forma, pelo menos divirtam-se! Só não estraguem a diversão do próximo, afinal, ele também pode fazer isso com a sua (Teoria dos Jogos, crianças)...

P.S.: Só escrevi esse post porque, até hoje, nunca consegui explicar sequer 1/4 do que escrevi aqui a um crente (aqui usado no sentido de "pessoa que acredita em divindades e/ou vida após a morte") sem que a pessoa interrompesse a conversa abruptamente, dizendo que eu estou errado "porque sim" (será que isso poderia ser chamado de "falácia do maternal", academicamente falando?), ou então fazendo ataques à minha pessoa (não necessariamente num sentido ofensivo; pode ser simplesmente algo como "e quem é você para opinar sobre o assunto?", o que é uma falácia muito comum, na qual se ataca quem está argumentando em vez de o argumento em si, geralmente por não se ter contra-argumentos)... Ou seja, este post serviu só para extravasar, mesmo...

E sim, eu já procurei por contra-argumentos, e nunca achei nenhum (se alguém for falar bobagem com relação às Leis da Física, sugiro que antes disso teste-as, começando pela gravidade, pulando de cabeça do alto de um prédio, e de preferência antes de ter deixado descendentes)... E também já procurei por argumentos a favor da existência de divindades e de vida após a morte, mas nunca achei nenhum que não fosse ilógico, contraditório, bobo, idiota, apelasse para fé cega ou fosse simplesmente absurdo, essas coisas...

Infelizmente, o máximo que alguém pode dizer nesse sentido é "o conhecimento científico humano ainda está longe de ser completo"... Mas isso não vale de muita coisa frente ao que já se sabe.

Num próximo e também "polêmico" post, falarei sobre alienígenas e explicarei o porque de eles não visitarem este planetinha azul perdido nos subúrbios da Via Láctea!

"Não é o bastante ver que um jardim é bonito sem ter que acreditar também que há fadas escondidas nele?" - Douglas Adams, O Guia do Mochileiro das Galáxias