Vendo meu colega redator tão empenhado nos últimos dias, só pude me mexer um pouco e escrever algumas palavras. Após assistir e refletir sobre a "filosofia de botequim", a minha trilha sonora da semana tem sido uma série de vídeos da AAI 2009. Pra quem não sabe AAI é uma associação de ateus.
O palestrante fala com eloquencia sobre o porque da teoria de Darwin ser um fato científico, mas o que mais me impressiona vem no fim de seu seminário. Vejam e entendam:
Basicamente meus caros, ele reflete sobre o fato de que dentre países avançados tecnologicamente, os EUA é um dos países aonde a maioria das pessoas se recusa a acreditar na teoria da evolução das espécies.
Indo mais longe, ele exibe um gráfico, que mostra, quanto mais a população de um país acredita em Deus(es), menos se acredita na seleção natural. Para a minha pessoa, esta já seria uma pancada bem forte, mas aí meus caros, o nosso colega biólogo vem com um chute no saco. Ele exibe um gráfico em que mostra a correlação entre o sucesso das sociedades e a religiosidade de seu povo. Este grau de sucesso, se entende por fatores tais como: espectativa de vida, escolaridade, taxa de suicídio, acesso a saneamento básico, sistema de saúde, renda per capita, mortalidade infantil, moradia, etc...
Bem, os fatos estão lá, quanto mais se acredita em algum tipo de divindade, MENOS sucesso tem uma sociedade. O Brasil nem está naquele gráfico, e suspeito eu que se fosse colocado ali estaria numa posição muito, mas muito pior do que a dos EUA.
As pessoas deveriam crescer e perceber que já passaram da idade de colocar a responsabilidade de suas vidas em amigos imaginários.
O palestrante fala com eloquencia sobre o porque da teoria de Darwin ser um fato científico, mas o que mais me impressiona vem no fim de seu seminário. Vejam e entendam:
Basicamente meus caros, ele reflete sobre o fato de que dentre países avançados tecnologicamente, os EUA é um dos países aonde a maioria das pessoas se recusa a acreditar na teoria da evolução das espécies.
Indo mais longe, ele exibe um gráfico, que mostra, quanto mais a população de um país acredita em Deus(es), menos se acredita na seleção natural. Para a minha pessoa, esta já seria uma pancada bem forte, mas aí meus caros, o nosso colega biólogo vem com um chute no saco. Ele exibe um gráfico em que mostra a correlação entre o sucesso das sociedades e a religiosidade de seu povo. Este grau de sucesso, se entende por fatores tais como: espectativa de vida, escolaridade, taxa de suicídio, acesso a saneamento básico, sistema de saúde, renda per capita, mortalidade infantil, moradia, etc...
Bem, os fatos estão lá, quanto mais se acredita em algum tipo de divindade, MENOS sucesso tem uma sociedade. O Brasil nem está naquele gráfico, e suspeito eu que se fosse colocado ali estaria numa posição muito, mas muito pior do que a dos EUA.
As pessoas deveriam crescer e perceber que já passaram da idade de colocar a responsabilidade de suas vidas em amigos imaginários.
5 comentários:
Eu não tenho paciência para ver vídeos online. É um fato, mas posso comentar porque o Vitu me falou durante o almoço.
Sério, acho que as pessoas podem até acreditar em uma força maior. Eu acredito, e agradeço pelo que tenho. Sei que o mérito do esforço em grande parte é meu e das pessoas que estão ao meu lado, mas eu agradeço principalmente pelo dom da vida e peço proteção aos que amo.
Acho que as pessoas querem que tudo chegue pronto para elas. Pedem, pedem, pedem, pedem tudo. E não fazem por onde, não buscam alcançar. Acho que isso que faz a diferença.
Desculpa aí, mas só vou comentar este post mais recente.
Desculpe, Gustavo, mas eu não tenho vontade de ver vídeos de uma hora heheh.
Não tive paciência de assistir o vídeo até o fim, obriada por resumi-lo =)
Acho que tão pouco maduro quanto acreditar em "amiguinhos imaginários" é achar que a crença em tais amiguinhos seja a raiz de todo o mal e estagnação da sociedade e dedicar algum tempo a criticar os que acreditam.
Por exemplo, essa distinção evolucionista x criacionista, na minha cabeça, é sem sentido nenhum. Ser religioso não implica em não acreditar na teoria da evolução, assim como não acreditar não implica em religiosidade, e muito menos alguém que não é evolucionista precisa ser, necessariamente, criacionista.
Assim como os religiosos fervorosos, se esses ateus fervorosos passam tanto tempo defendendo sua crença, significa que também não é tão inquestionável assim.
Sim Juliana, concordo, mas o problema é quando as coisas se misturam DEMAIS. Aqui no Brasil, bem ou mal, na escola não te ensinam que a Arca de Noé existiu na aula de biologia. Lá nos EUA tem lugar que isso tá rolando de verdade, tem até museu do criacionismo aonde ensinam tudo errado pra molecada e tem professor lá que perde o emprego se tentar ensinar Darwin.
Eu também defendo que religião pode ter sim um papel positivo na sociedade, desde que os temas sejam tratados como metáforas e como lições de filosofia, mas na maioria das vezes as pessoas levam ao pé da letra.
Parte 1:
As pessoas podem acreditar no que quiserem... Como li em algum canto, "manicômios estão cheios de gente que acredita em alguma coisa"... Hehehehe...
Minha questão seria: agradece a quem, e pede a quem, se não existe nada "lá fora" a quem agradecer, ou que possa atender o seu pedido...
No caso, pela própria definição da entidade a quem se estaria agradecendo ou pedindo algo, os atos de pedir ou agradecer não teriam utilidade alguma (por conta da onisciência, que por definição implica na existência de um destino, já que se sabe o futuro, ou seja, na ausência de livre arbítrio, inclusive no que se refere à tal entidade, logo, ela não teria tido escolha; teria que obrigatoriamente ter feito o que fez / fazer o que faz - o que não teria qualquer influência no seu ato de agradecer/pedir, porque afinal já estaria tudo definido)... Mas chega de divagar nesse sentido.
Sobre o vídeo de uma hora, digo que é uma pena o fato de você não querer vê-lo, pois ele é absolutamente fantástico. Sério mesmo. Não fique em negação: abrace a engenheira que há em você e veja-o! Hehehehe...
E Juliana, em momento algum alguém aqui escreveu que acreditar em amigos imaginários seria a raiz de todo o mal. Primeiramente, porque ninguém aqui segue as idéias do Zoroastro, logo, não somos maniqueistas... Hehehehe...
Vamos pegar as ditaduras socialistas que tivemos ao longo da história humana: nelas, o culto a seres imaginários foi substituído pelo culto à personalidade, e o "mal" se manteve.
"A raiz de todo o mal" é a ignorância.
Claro que pode haver pessoas cultas que sejam "do mal", mas aí elas só podem atuar se estiverem cercadas por ignorantes (num sentido amplo) que não farão nada para impedi-las...
Sobre a estagnação social/científica que as religiões causam, está aí a Hipátia e a Idade das Trevas que não me deixam mentir...
Claro que, novamente, se trocarmos um mal por outro, o problema se mantém, mas aí a culpa não seria mais da religião, mas enfim...
Sobre a distinção "evolucionista x criacionista", ela faz todo o sentido... Mas creio que aqui foi somente um "problema semântico", afinal, na continuação do seu comentário, não foi esta a distinção que você atacou.
Mas eu fiquei curioso com relação a uma coisa, no final do seu comentário: uma pessoa que não entende a evolução e ao mesmo tempo não acredita no criacionismo, acharia o que com respeito às origens da biodiversidade e dos registros fósseis?
Sobre o seu comentário final, discordo em gênero, número e grau. Primeiramente, ateus "não defendem suas crenças". Dizer que "ser ateu" é "ter uma crença" é a mesma coisa que dizer que "careca" é uma "cor de cabelo"... Da mesma forma como "careca" é "ausência de cabelo", "ateísmo" é "ausência de crença em divindades". E, muito mais importante do que essa "distinção semântica", é a questão da definição da postura: idéias e conceitos são feitos para serem estudados, pensados, debatidos e desenvolvidos. Isso de "eu estou certo, e pronto, não discuto com mais ninguém" é justamente a antítese do pensamento científico (e, no caso, ateísta). Para começo de conversa, como teria surgido o "conceito original", que se teria decidido ser absolutamente certo e, por conta disso, não haveria necessidade de expô-lo à prova de mais ninguém? Claro que ele surgiu a partir de outros conceitos, logo, não faz sentido nenhum que este "novo conceito", surgido a partir de outros, seja imune ao debate...
Parte final:
Qualquer conceito é questionável. Método científico. Esta é a lição mais importante que um ser humano pode aprender em sua vida (na minha opinião...). E olha que foi a tia Maricota que nos ensinou quando ainda éramos pequenininhos... Pena que quase ninguém prestou atenção (provavelmente, a própria tia Maricota não sabia a extensão e a importância do conceito que estava ensinando)...
A linha de raciocínio do porque de deus não existir deve, sim, ser questionada, a todo momento (a que eu já escrevi em algum outro post; não lembro qual...)! E, enquanto ela permanecer sem ser refutada (através de, pelo menos, raciocínio lógico - não estou aqui nem fazendo menção ao ônus da prova que, de um ponto de vista estritamente científico, recai sobre aqueles que acreditam em deus, até porque minha prova de que deus não existe é exclusivamente baseada em raciocínio lógico).
Fico muito triste por não ter tido aula de Teoria da Argumentação na escola... Mas voltando.
"A fé não dá respostas, ela só impede de fazer perguntas". O ateísmo é justamente a ausência de fé. Tudo e qualquer coisa deve ser questionada (claro que, mais importante do que se obter respostas, é fazer perguntas que façam sentido - caso contrário, podemos acabar encontrando "42" no final do caminho, e ficarmos meio perdidos por conta disso)...
E Vitor, mais uma "questão semântica": se as histórias religiosas forem tratadas somente como lições filosóficas, elas passariam a ter o mesmo status de "fábulas infantis", como por exemplo Chapeuzinho Vermelho (crianças, não vão para a floresta, pois se forem os lobos devoram vocês!)... Ou seja, não mais receberiam o nome "religião"...
"Mitologia é o nome que se dá à religião dos outros"...
E, só para terminar: "Somos todos ateus. Eu só acredito em um deus a menos do que você. O dia em que você entender o porque de você mesmo não acreditar nas religiões dos outros, você vai entender o porque de eu não acreditar na sua".
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